42. Uma maratona de Francesinhas. E nós, já no estádio, a chegar à meta, ainda perguntamos se é para dar mais uma volta à pista. Estamos como novos. Prontos para mais. Mas de preferência que sejam boas. E estas começam a faltar.
O desafio de provar todas as Francesinhas para escolher a melhor contribuindo para o aumento da qualidade global do prato começa a ser difícil de acompanhar. Já lá vai o tempo em que visitávamos duas de seguida que nos enchiam as medidas e tememos que o futuro não nos reserve nada de muito melhor, ou pelo menos que nos surpreenda. Mas só por momentos nos assolam estas dúvidas, hoje é dia de regresso à Baixa para provar das mais conhecidas e experimentadas Francesinhas do Porto. O Piolho é o nome de código dado pelos estudantes da Universidade do Porto ao Café Âncora d’Ouro, situado no lado da Reitoria, antiga Faculdade de Ciências. Local de tertúlias, amores, desamores, confusões e festejos ganhou uma vida nova com a renovação e a dinâmica nocturna da cidade. Por dentro, alguns detalhes fazem a ligação com o Piolho do passado. Os corredores de mesas marcadas e escritas por onde já passaram diversas gerações, as placas e dedicatórias de alunos.
Estava a dar um jogo qualquer de hóquei em patins, a Selecção folgava esse dia para, no dia seguinte, acabar por perder o europeu a 7 segundos do fim.
Lá apanhamos mais um funcionário não muito simpático mas eficiente. E, talvez por via disso, só tenhamos esperado o tempo devido, nem mais um segundo.
Ao contrário daquelas mesas e paredes, as Francesinhas não ficam para contar nenhuma história. Pelo menos daquelas que queremos ouvir. Tudo muito básico, nada chama a atenção a nível de ingredientes e o molho, pelo menos naquele dia, também não deslumbrou. Vale pelas memórias do tempo estudantil, tempo que já lá vai.