Hamburgo@2011-09-25
Submetido por grão-mestre em Dom, 25/09/2011 - 23:32Chegou o primeiro fim de semana de Outono e decidimos “fechá-lo” com mais uma reunião da Irmandade. Vilar do Paraíso foi o destino, mais concretamente o Café Hamburgo. Sem GPS e sem enganos fomos lá dar direitinho, o que não é fácil, pois o café Hamburgo fica assim pró escondido nos meandros de Vilar do Paraíso. O sol que tinha brindado este domingo começava já a desaparecer quando estacionamos o carro, a primeira imagem foi surpreendente, embora ainda cedo para jantar, cá fora cerca de uma dúzia de pessoas esperavam tranquilamente por mesa para comerem Francesinha. Um bom prenuncio, pensamos nós. Apesar disto não demorou muito chegar a simpática ordem para nos sentarmos e pedirmos: Francesinhas e cerveja (desta vez em caneca! Porquê em caneca, perguntará o leitor. Resposta simples: porque nos apeteceu!).
A Francesinha do café Hamburgo é algo semelhante ao que dissemos da localização do café: escondida mas não é preciso GPS para a encontrar! Na realidade vem coberta por uma quantidade razoável de batata frita caseira e de excelente qualidade. É preciso lutar um pouco com as batatas até se conseguir deslumbrar a dita cuja, mas não há que desistir porque ela está lá!
Como sempre a Irmandade já tinha ao seu dispor um relatório exaustivo do local e por isso mesmo vieram Francesinhas para a mesa com e sem batata.
O pão de boa qualidade, bem cortado e preparado. O queijo estava bem e um bom bife constituía o ingrediente mor desta versão. A linguiça influenciava o sabor de forma não muito correcta. Simplesmente dispensável a salsicha de lata que ia aparecendo a espaços durante a experiência de degustação. Por último o molho, a mim pessoalmente surpreendeu-me o sabor pela positiva, pois a impressão inicial avaliando a sua textura parecia predizer algo menos bom, mas afinal não. Era saboroso, sem paladares surpresa e um pouquinho picante (os mais atento já saberão que para mim pode sempre ser mais picante). Se calhar engrossar o molho seria uma bela e simples opção que daria uns pontos extras, mas quem sou eu para dizer isso!
De forma resumida estamos perante uma boa Francesinha mas poderia, na minha opinião, sofrer alguns ajustes.
A ideia aqui é transmitir a nossa humilde opinião e essencialmente promover a Francesinha e essas mãos mágicas que por aí fazem estas maravilhas gastronómicas, que não precisam de campanhas e programas de televisão difíceis de entender. Se houver dúvidas, recorremos à expressão “uma imagem vale mais do que mil palavras” e digam-me lá qual é o prato de Portugal que faz com que se encontre tanta gente à espera de mesa num final de domingo num simples e humilde café escondido num recôndito local de Gaia? Eu dou uma pista, não é a alheira!