A. Cunha 2

Imagem da Francesinha
Morada
Rua Outeiro de Ramalde, 8
Local
Porto
Coordenadas
41.167606,-8.645682 (Ver mapa)

A. Cunha 2@2011-06-22

Ora, desta vez a chacina ocorreu para os lados da igreja de Ramalde e a vítima tinha era coisa para ter uns valentes quilos extra. Não foi fácil não senhora, mas a Irmandade já ia avisada e levou na carrinha uns barris extra de SB, canivetes suíços à descrição e uma matilha de cães esfomeados.
Houve baixas, algumas a priori e previsíveis, porque isto é muito bonito e tal, mas na véspera de um combate deste calibre há sempre gajos que metem um dente de alho e aquilo dá febre. E no dia seguinte, “ah e tal meu Irmão, tou com febre e não posso ir”. E nós que não metemos o alho, lá fomos sujeitos a apanhar alguma congestão… nem alhos nem nada!!!
No local a primeira pequena desilusão… o letreiro exterior apregoa como especialidade as francesinhas e… os pregos em prato!!! Não lhes fica muito bem colocar o prego em prato no rol de especialidades da casa, ainda por cima ao lado da francesinha, até porque, em boa verdade, qualquer gato-pingado com uma kitchenette e um talho de confiança é um potencial especialista de pregos em prato. Mas enfim… entramos e o restaurante estava desprovido de aparatos como sempre esteve, com meia casa que invariavelmente degustava francesinhas… pregos em prato nem vê-los, o que acabou por nos tranquilizar. A cerveja era da marca certa e bem tirada, mas o serviço não prima pela simpatia… dir-nos-ão que isso não é relevante e que este tipo de restaurantes não nasceu para nos estender passadeiras vermelhas, mas um pouco de cortesia nunca fez mal a ninguém.
Mas vamos ao que interessa… a francesinha. Enorme é o primeiro adjectivo, razoável o segundo. Apesar dos inúmeros reforços do molho que rapidamente se extinguia no prato, e que a bem da verdade, está algo acima da média no que toca ao sabor, a verdade é tudo o resto parece feito mais a pensar no tamanho do que na excelência. A favor, a ausência da salsicha fresca e pouco mais. O pão não era suficientemente tostado, o queijo estava pouco derretido e as batatas congeladas também não jogaram a favor. Contas feitas, se não quiserem deixar nada no prato, os dois bons bifes tornam esta experiência algo traumática, já que as últimas garfadas se tornam custosas para um estômago dito “normal”.
Ideal para quem tenha abdicado de ser vegetariano após anos a enganar-se a si próprio, mas não para quem procure um pitéu deluxe. Historicamente, a francesinha do A. Cunha II ocupa um lugar algo semelhante ao Benfica, i.e., é jeitosita sem ser brilhante, granjeia de uma reputação adquirida pela sua dimensão, faz tudo para ser grande, mas a verdade é que não é grande coisa… para ganhar um prémio só se houvesse engano, roubo, ou confusão num túnel qualquer.

Veredicto: 
Boa

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Data Temporada Veredicto
22/06/2011 Temporada 1 Boa