O Capa Negra II é uma das referências obrigatórias nas Francesinhas do Porto. É um local afamado e reconhecido até pelas pessoas do estrangeiro (sul do Mondego) como um destino obrigatório no roteiro da comida tripeira. Cá pelo burgo, em particular entre os elementos da Irmandade, é talvez uma das Francesinhas mais conhecidas, mas não propriamente das mais amadas, talvez por ser excessivamente comercial. A Irmandade foi então preparada para não vacilar perante o peso da conformidade.
Sem surpresas, a Francesinha estava boa, ingredientes bastante razoáveis e bem cozinhados. Continuam a colocar uma espécie de "fiambrina com pepitas de pimenta em grão" que parece um pouco despropositada naquela composição. O molho, talvez pudesse estar ou pouquinho mais picante, mas estava bem quentinho e com bom sabor. O pão não é nada de especial, já a entrar para o mole e as batatas são caseiras e bem fritas.
O restaurante, para quem não conhece, é uma cervejaria típica do Porto, com três salas e um balcão, muito movimentado à hora do almoço (ou melhor, está quase sempre muito movimentado), mas desta vez até nem estava exagerado. A grande surpresa para a Irmandade foi o atendimento que, ao contrário do que estávamos habituados, foi extremamente atento, cortês, antecipando até os pedidos da mesa. Fininhos bem tirados e bem fresquinhos, se bem com o exagero típico destes locais no que respeita ao preço.
Digamos que como já nos habituou, a experiência no Capa Negra II não é maravilhosa, mas também nunca é propriamente má. Está ali entre o competente e o bom, num espaço que a torna obrigatória de provar mas longe da veneração.