Pajú

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Morada
R. de Faria Guimarães 309
Local
Porto
Coordenadas
41.160022,-8.608013 (Ver mapa)

Pajú@2012-05-25

A Irmandade desta feita visitou um ponto de paragem obrigatório para o Porto boémio. O Paju alimenta estômagos sem relógio há muitos anos. Ali escondido na Rua Faria Guimarães, mesmo à porta do tunel, como que a dizer - “não comias qualquer coisa quente antes de saíres da cidade?”.
Lembro-me de em outros tempos lá ter ido com uns amigos, a meio de uma noite já longa, para comer um arroz de cabidela, em horas já mais perto do pequeno almoço do que do jantar. Mas francesinha foi a primeira vez, para mim e para os outros presentes.
O Paju é um pequeno restaurante do lado esquerdo da Rua Faria Guimarães. Para quem não conhece é melhor estacionar antes de chegar ao túnel, e depois procurar um pequeno toldo que indica a sua presença. A porta está fechada a maior parte das vezes, e muitas vezes há que bater. Depende da hora. Nós, que na Irmandade não fazemos ceias, deslocámo-nos ao Paju a horas de meninos, umas 10.00 horas, altura em que a casa estava a começar a laborar. Os primeiros aperitivos saíam da cozinha quentinhos, uns atrás dos outros. Apesar da apelativa lista de cozinha tradicional portuguesa, a nossa missão prevaleceu e saíu francesinha para todos. Por insistência da casa, comemos a francesinha com carne assada, que segundo o senhor que nos atendeu é a tradicional e verdadeira francesinha. Tem razão. Não há que discutir. Ainda segundo ele, a carne assada da francesinha no Paju é do cachaço, e por isso tenra e suculenta. Bem... convenceu-nos a … quase todos. Ainda saíu uma com bife.
Depois de uns aperitivos, que a noite já ía adiantada sem nada no estômago, lá veio a dita francesinha. Primeiro apontamento para o molho. Não pela prova, mas pela panela de molho que vem para a mesa. No Paju é assim, não há cá molheiras ou outros salamaleques. É de panela mesmo, e muito bem. Quanto à prova, no geral é uma francesinha que se come bem, mas que não deslumbra em nenhum dos aspectos. O molho não tinha um sabor distintivo que o fizesse sobressair. É um molho para o atomatado e algo espesso, que não me convenceu 100%. O recheio é competente. A carne assada é de facto boa, e as carnes restantes compôem bem o prato. Mas mais uma vez não deslumbram. O pão, era um bocado fofo para meu gosto, que sou mais pelo bem torrado e estaladiço. De resto, a batata frita parecia caseira, e devia ser já que ali tudo é feito às claras e servido nos tachos e panelas que os cozinharam.
E uma palavra para o serviço. Quando entramos no Paju é como se estivessemos na sala de jantar dos seus donos. Um ambiente familiar. A cozinheira vem falar com os clientes. Os petiscos vão saindo do seu covil, bem a jeito para comer entre umas cervejas ou um copo de vinho. Ainda nos quiseram acenar com uma sobremesa a acabar de fazer, mas o nosso estômago já não tinha andamento. Para quem gostar de ser bem tratado, de dar 2 dedos de conversa entre petiscos, e de comer comida caseira acabada de sair do lume, então o Paju é mesmo o sítio ideal para se ir. Desconfio que há no Paju razões muito mais interessantes para uma visita do que propriamente a francesinha, mas no entanto, não será pela francesinha que a experiência ficará estragada. Há melhores, como certamente o nosso ranking acabará por mostrar, com toda a subjectividade que as nossas avaliações possam ter. Mas com a francesinha do Paju também ficamos bem servidos.

Veredicto: 
Boa

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Data Temporada Veredicto
25/05/2012 Temporada 1 Boa